Conscientização que sentimos na pele!

Anualmente em dezembro ocorre a campanha Dezembro Laranja que por sua vez tem como objetivo conscientizar sobre os cuidados e prevenção do câncer de pele.

A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Anualmente são registrados mais de 180 mil casos de câncer de pele no Brasil.

A pele é o maior órgão do corpo humano e, por isso, está amplamente exposta às agressões causadas pelo sol. Sabemos que, no Brasil, o lazer ao ar livre – e, consequentemente, com exposição solar – é bastante comum, o que justifica os altos índices de tumores cutâneos por aqui. Se não houver proteção adequada, com o uso de filtro solar de FPS 30 (no mínimo) e acessórios (como bonés e óculos), as chances de desenvolvimento do câncer de pele são ainda maiores.

O câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Assim, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas, faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:

– uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
– uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
– uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

Os tumores cutâneos se dividem em:

– Carcinoma Basocelular: tipo mais prevalente e que tem origem na epiderme (camada superior da pele). Em geral, tem aspecto avermelhado, com crosta e que pode sangrar facilmente.
– Carcinoma Espinocelular: é o segundo mais prevalente e tem origem nas células escamosas da pele. Alguns casos estão associados a feridas crônicas, normalmente possuem coloração avermelhada e assemelham-se a machucados e feridas.
– Melanoma: tipo menos prevalente e mais letal. Tem alto poder metastático, ou seja, de se espalhar para outros órgãos. Em geral, possuem aparência de pinta ou sinal em tons acastanhados ou enegrecidos.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pele são:

– história familiar de câncer de pele;
– pessoas de pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros;
– pessoas que trabalham frequentemente expostas ao sol sem proteção adequada;
– exposição prolongada e repetida ao sol na infância e adolescência.

A prevenção ainda é a melhor forma de tratamento para o câncer dele pele. Ela deve sempre ser realizada e as principais medidas são:
– evite exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h;
– use sempre proteção adequada, como bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros, barraca e filtro solar com fator mínimo de proteção 15.

Usar o filtro solar apenas uma vez durante todo o dia não protege por longos períodos. É necessário reaplicá-lo a cada duas horas, durante a exposição solar. Mesmo filtros solares “a prova d’água” devem ser reaplicados. Vale lembrar que qualquer lesão de pele necessita de avaliação médica e em casos de suspeita de câncer de pele profissionais especializados na área de dermatologia devem sempre ser consultados. Com medidas de prevenção contra a COVID19 como o uso de máscaras de forma correta (de preferência PFF2), higienização de mãos e ambientes, distanciamento social e a vacinação completa o atendimento médico pode ser realizado com segurança.