As crianças, assim como os adultos, também podem ser infectadas pelo SARS-CoV-2, desenvolver Covid-19, transmitir o vírus para outras pessoas e morrer. Desde o início da pandemia, mais de 1.400 crianças já morreram devido à doença no Brasil. A Covid-19 já está entre as dez principais causas de morte de crianças entre cinco e 11 anos no Brasil – atrás apenas dos acidentes de trânsito.
Os casos de morte ou de sequelas graves causadas pela Covid-19 em crianças justificaram a necessidade de incluí-las no calendário de vacinação o quanto antes. Isso porque o Brasil soma 1.449 mortes de meninos e meninas de até 11 anos em decorrência do novo coronavírus e mais de 2.400 casos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à Covid-19, conjunto de sintomas graves que podem levar à morte, desde o início da pandemia, segundo o Ministério da Saúde.
Além dos cuidados gerais, crianças a partir dos 5 anos de idade também podem ser vacinadas contra a COVID-19, diminuindo não só o risco de pegar a infecção, mas principalmente reduzindo as chances de desenvolver uma forma grave da doença.
No Brasil, existem duas vacinas aprovadas para administração em crianças: a vacina da Pfizer, que pode ser administrada a partir dos 5 anos, sendo utilizada uma versão pediátrica entre os 5 e 11 anos; e a vacina Coronavac, que pode ser administrada entre os 6 e 17 anos em crianças com comorbidades. No caso da vacina da Pfizer, o intervalo recomendado entre as doses é de 8 semanas, e na Coronavac é de 28 dias.
Os sintomas da COVID-19 em crianças normalmente são mais leves que os do adulto e incluem:
Os sintomas duram entre 6 e 21 dias e são semelhantes aos de uma virose e, por isso, também podem ser acompanhados de algumas alterações gastrointestinais, como dor abdominal, diarreia ou vômitos, por exemplo. Saiba mais sobre os sintomas da virose.
Ao contrário dos adultos, a falta de ar não é muito comum nas crianças e, além disso, é possível que muitas crianças possam estar infectadas e nem apresentar sintomas.
Embora a COVID-19 pareça ser mais leve nas crianças, especialmente no que toca aos sintomas respiratórios, como tosse e sensação de falta de ar, alguns relatórios médicos, como o relatório liberado pela American Academy of Pediatrics, parecem indicar que nas crianças podem surgir outros sintomas diferentes aos do adulto, que acabam passando despercebidos.
É possível que a COVID-19 nas crianças cause mais frequentemente sintomas como febre alta persistente, vermelhidão na pele, inchaço, e lábios secos ou rachados, semelhantes à doença de Kawasaki. Estes sintomas parecem indicar que na criança, o novo coronavírus causa uma inflamação dos vasos sanguíneos em vez de afetar diretamente o pulmão. No entanto, mais investigações são necessárias.
Além disso, têm sido relatados os "dedos de covid" em crianças, que acontecem devido à resposta do sistema imune contra a infecção pelo novo coronavírus. Os "dedos de covid" podem ser caracterizados pela alteração na cor da pele do dedo, que pode ficar roxa ou vermelha, além de também poder haver o aparecimento de saliências, dor intensa, coceira, aparecimento de bolhas e inchaço.
Ainda que o novo coronavírus em crianças pareça ser menos grave, é muito importante que todas as crianças com sintomas sejam avaliada para aliviar o desconforto da infecção e identificar a sua causa.
É recomendado que sejam avaliadas pelo pediatra todas as crianças com:
Além disso, quando estão doentes, as crianças têm maior tendência para desidratar, devido à perda de água pelo suor ou diarreia e, por isso, é importante consultar um médico se existirem sintomas de desidratação como olhos fundos, diminuição da quantidade de urina, boca seca, irritabilidade e choro sem lágrimas. Veja outros sinais que podem indicar desidratação nas crianças.
Em qualquer caso, sempre que existir suspeita de COVID-19, deve-se levar a criança ao pediatra para fazer uma avaliação mais completa e seguir os mesmos cuidados que os adultos, lavando frequentemente as mãos e mantendo o distanciamento social, já que podem transmitir o COVID-19 para outras pessoas de maior risco, como pais ou avós.
Gostou da nossa matéria ? Ela te ajudou de alguma forma? Compartilhe em suas redes sociais clicando nos botões abaixo:
Fale Conosco
Precisando de consulta Odontológica, clínica de Infectologia? Preencha o formulário abaixo.