O Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, comemorado em 1º de dezembro, foi instituído pela Organização Mundial da Saúde(OMS) em 1988, mesmo ano em que o Ministério da Saúde no Brasil assinou portaria adotando a data como uma forma de conscientizar a população quanto aos riscos, formas de prevenção e tratamentos para a AIDS. A data inspirou a criação no Brasil da campanha Dezembro Vermelho, que chama atenção também para a prevenção de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
A AIDS (Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida) se caracteriza por um conjunto de alterações no corpo humano, causado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) que alteram a capacidade do corpo em combater agentes infecciosos externos. Além de problemas na imunidade o HIV pode também gerar alterações renais, cerebrais, sanguíneas e até mesmo elevar a possibilidade de desenvolver câncer e doenças cardiacas.
O uso de preservativos apenas em uma parte da relação sexual (ou o não uso do preservativo), a realização de tatuagens ou colocação de piercings em locais sem higiene e esterilização adequados, compartilhamento de utensílios de manicure e pedicure, escovas de dente, laminas de barbear ou depilação são formas de transmissão do HIV entre seres humanos. Outras formas comuns são a transmissão materno fetal através do sangue pela placenta, durante o parto natural ou através da amamentação. O compartilhamento de roupas, toalhas, assentos no transporte público, apertos demão, abraços e beijos não transmitem o vírus.
O tratamento para pessoas infectadas pelo vírus é baseado na administração de medicamentos (previamente conhecidos como Coquetel) de terapia antirretroviral prescritos pela equipe médica. A reeducação alimentar do paciente também é estimulada durante o tratamento, assim como a estimulação à prática de atividades físicas, uma vez que a condição de constante inflamação gerada pelo HIV pode elevar os níveis de colesterol e glicose no sangue ocasionando problemas arteriais, infartos, eventos vasculares cerebrais e outras patologias. O uso adequado das medicações antirretrovirais (esquema de tratamento para HIV) reduz a possibilidade de complicações causadas pelo vírus, impede a evolução da doença e alterações na imunidade do paciente, além de reduzir a mortalidade de pacientes portadores de HIV. Quando falamos de uso adequado da medicação, queremos que os pacientes entendam que sua terapia deve ocorrer de forma regular, tomando a medicação diariamente no mesmo horário, sem pular doses de medicamentos, e com a vigilância constante de si mesma para que não esqueça de tomar o medicamento. Quando pacientes passam a tomar os medicamentos de forma irregular ou o esquecimento da tomada de medicamentos ocorre com frequência, o virus pode desenvolver resistência à terapia e toda a evolução alcançada com o medicamento pode vir abaixo, necessitando iniciar uma nova terapia com outro esquema de medicamentos.
O Sistema Único de Saúde fornece em unidades de saúde específicas o esquema conhecido como Profilaxia Pós Exposição(PEP). Esse esquema consiste em uma combinação de medicamentos que devem ser administrados a pacientes que sofreram exposição de risco (relações sexuais sem preservativo, acidentes perfuro cortantes com material biológico de pacientes sabidamente HIV ou de fonte desconhecida). Tal esquema deve ser administrado em até 72 horas após a exposição. Este esquema tem como função inibir a multiplicação do HIV no corpo do paciente exposto impedindo a infecção. É uma medida de emergência e não deve ser utilizada de rotina. A duração do tratamento é de 28 dias e deve ser acompanhado por equipe especializada em unidades de saúde específicas.
Clique no link e saiba onde a PEP é fornecida em diversos estados:
http://www.aids.gov.br/pep_onde/index.html
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