No dia 1º de julho é celebrado o dia da Vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin). Essa vacina foi criada pelos pesquisadores lbert Calmette e Camille Guerin a partir de uma bactéria responsável por desencadear mastite tuberculosa bovina, a Mycobacterium bovis.
Sua primeira utilização foi feita em uma criança recém-nascida de mãe que apresentava tuberculose em 1921. No Brasil, ela começou a ser usada em 1927, e a cepa utilizada é chamada de BCG Moreau.
A BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é utilizada na prevenção da tuberculose, uma doença transmitida pela saliva e materiais contaminados e causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado de bacilo de Koch.
A eficácia da BCG é grande, principalmente na forma disseminada da tuberculose, em que a vacina garante cerca de 78% de proteção. Vale destacar que a proteção varia de acordo com o paciente e também com o país, uma vez que, as cepas utilizadas para a fabricação das vacinas variam de acordo com a localidade.
Apesar da vacina BCG ter sido criada com a finalidade de proteger contra a tuberculose, estudos garantem que essa vacina também garante certa proteção contra a hanseníase.
Inicialmente a vacina era administrada de maneira oral, só posteriormente que se adotou a aplicação intradérmica. No Brasil, essa nova forma de utilizar a BCG foi iniciada a partir de 1968 e baseia-se na injeção da substância no braço direito, mais precisamente na região deltoideana.
Desde 1976 o Ministério da Saúde tornou obrigatória a administração da BCG em crianças. Recomenda-se que ela seja aplicada em crianças entre 0 e 4 anos, de preferência no bebê recém-nascido. A vacina, no entanto, apresenta algumas contraindicações, tais como para crianças com peso inferior a 2kg, imunodeficientes, desnutridas, com erupções cutâneas generalizadas e que estão realizando tratamento com corticoides.
Atualmente a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda apenas uma dose da vacina, uma vez que, a segunda dose não provoca um aumento considerável na proteção, não havendo evidências científicas de sua necessidade. Vale destacar que, em alguns países, a segunda dose ainda é administrada.
A BCG é segura e caracteriza-se por deixar uma pequena cicatriz no braço onde foi aplicada. Essa cicatriz aparece após uma reação que se inicia no local após aproximadamente duas semanas. É importante que os pais não se preocupem com a lesão que surge no braço, que, em muitos casos, lembra uma espinha. Entretanto, é importante ficar atento para lesões mais intensas e procurar um médico principalmente se for observado o surgimento de ínguas nas axilas.
Alguns estudos estão em andamento para analisar se pessoas que receberam a vacina BCG também possuem alguma defesa contra a COVID19. Esse estudo se deve ao fato de ter sido observado que indívíduos que receberam a BCG possuem respostas imunológicas de defesa do organismo mais intensas e com menores chances de ficarem doentes do que pessoas que não receberam a vacina.
Logicamente o estudo ainda está em andamento e teremos de aguardar para termos alguma conclusão.
Enquanto isso medidas como distanciamento social, higiene das mãos com água e sabão ou álcool 70, higiene de ambientes, uso de máscaras de forma correta (de preferência PFF2) e a vacinação são as melhores medidas para a prevenção da COVID19
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