Dia Mundial de Combate a Sepse: Você já ouviu falar ?

Você já ouviu falar em Sepse?

A Sepse é formada por um conjunto de sintomas e sinais que nosso corpo apresenta quando infecções fogem do controle de nosso sistema imunológico. Muitas vezes a Sepse é chamada de Septicemia ou de “Infecção Generalizada”.

Normalmente ocorre em pacientes que já possuam algum problema de imunidade como diabetes, HIV sem tratamento, alguns tipos de câncer ou até mesmo em pacientes idosos que possuam alguma alteração da locomoção, da capacidade de realizarem atividades diárias ou alterações de consciência.

Os principais sinais e sintomas da Sepse são:

• Febre ou hipotermia
• Hipotensão arterial (queda da pressão)
• Alteração do nível de consciência (agitação ou até mesmo torpor)
• Leucocitose/Leucopenia (aumento ou diminuição na contagem de células brancas no sangue)
• Taquicardia/Bradicardia (Aumento ou queda no número de batimentos cardíacos)
• Taquipneia/Bradipneia (Aumento ou diminuição na frequência respiratória)

Além destes sintomas, hoje em dia, alguns exames laboratoriais também auxiliam a identificar pacientes que possuam sepse, tais como alterações em enzimas do fígado ou da vesícula biliar, alterações na coagulação entre outros.

Vale lembrar que para que o diagnóstico de sepse seja feito é necessário que o paciente possua um foco infeccioso confirmado ou ao menos suspeito. A Sepse pode ser causada por vírus, fungos, bactérias e até mesmo protozoários e parasitas.

Alguns fatos sobre a Sepse:

• 47 a 50 milhões de casos por ano;
• ao menos 11 milhões de mortes/ano;
• 1 a cada 5 mortes no mundo é associada à sepse;
• 1ª causa de mortes e de readmissão em hospitais;
• 1ª em custos com saúde (U$ 62 bilhões são gastos com sepse apenas nos EUA);
• até 50% dos sobreviventes da sepse têm complicações físicas e/ou psicológicas a longo prazo;
• 40% dos casos são em crianças com menos de 5 anos de idade;
• é sempre causada por uma infecção como pneumonia ou doença diarreica;
• 80% dos casos de sepse ocorrem fora do hospital.

Em tempos de COVID19 devemos sempre pensar na Sepse como potencial complicadora de pacientes graves. EM sua maioria ela ocorre em ambientes hospitalares decorrente de dispositivos que são instalados em pacientes para auxiliarem em sua melhora, como ventiladores mecânicos, cateteres centrais e até mesmo sondas para auxiliar na urina.

A sepse é uma das principais causas de óbito hospitalar no mundo e precisa ser combatida. Pensar em sepse é salvar vidas. Quanto mais rápido agirmos (identificando casos com agilidade e tratando adequadamente com protocolos) menores serão as taxas de mortalidade e consequentemente maiores serão as taxas de pacientes salvos.