No dia 15 de setembro é celebrado o dia mundial de conscientização sobre linfomas. Estimativas do INCA apontam que em 2021 mais de 14 mil pacientes desenvolverão a doença. Linfomas são cânceres que afetam o sistema linfático e são classificados principalmente em dois grandes grupos: Hodgkin e não Hodgkin.
De acordo com o Inca, 12 mil brasileiros podem desenvolver linfomas não Hodgkin neste ano. Os dados mais atualizados de óbitos no país são de 2019, quando foram registradas 4.923 mortes pela doença. Em relação ao linfoma de Hodgkin, as estimativas do Inca apontam o surgimento de mais de 2.500 casos anuais no Brasil, tendo sido registrados 532 óbitos em 2019.
O sistema linfático, composto por linfonodos (ou gânglios), vasos e tecidos, faz parte do sistema imunológico, sendo responsável pela produção das células que atuam na defesa do organismo. Quando um câncer tem origem nesse sistema, ele pode ser considerado um linfoma de Hodgkin ou linfoma não Hodgkin.
A diferença entre os dois tipos está na característica como o câncer se espalha: os linfomas de Hodgkin se disseminam de forma ordenada, a partir de um grupo de linfonodos para o outro, através dos vasos linfáticos. No caso dos linfomas não Hodgkin, o câncer se espalha de forma não ordenada.
Os tecidos do sistema linfático estão espalhados pelo corpo, o que permite que o câncer tenha origem em qualquer lugar. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), existem mais de 20 tipos diferentes de linfomas não Hodgkin.
A detecção precoce dos linfomas e o acompanhamento regular são as chaves para o enfrentamento da doença e altas taxas de cura. Os principais sintomas dos linfomas não Hodgkin são o aumento dos gânglios do pescoço, das axilas ou da virilha, suor noturno em excesso, febre, coceira na pele, cansaço e perda de peso superior a 10% sem motivo aparente.
Como o linfoma de Hodgkin pode surgir em qualquer parte do corpo, os sintomas dependem da localização. O câncer nos gânglios do pescoço, da axilas e da virilha pode apresentar ínguas ou inchaço nos linfonodos, que são indolores. Quando a doença atinge a região do tórax, é comum a presença de tosse, falta de ar e dor torácica. Na pelve ou no abdômen, os sintomas são desconforto e distensão abdominal.
Segundo o Inca, pessoas com o sistema imune comprometido têm uma maior chance de desenvolver qualquer tipo de linfoma. A lista inclui indivíduos que apresentam deficiência na imunidade devido a doenças genéticas, transplantados que fazem uso de medicamentos imunossupressores e pessoas vivendo com HIV.
No caso do linfoma de Hodgkin, a exposição a algumas substâncias químicas também está associada ao desenvolvimento do câncer, como agrotóxicos, benzeno, tetracloreto de carbono e solventes orgânicos, além da exposição a altas doses de radiação.
Segundo o Inca, trabalhadores rurais, do setor de transporte rodoviário e ferroviário, operadores de rádio e telégrafo, de laboratórios fotográficos e de diversos segmentos da indústria são mais expostos a fatores de risco para o surgimento desse tipo de linfoma.
O Diagnóstico é realizado através de exame clínico feito por médicos especializados na área de hematologia e através de exames de sangue e biópsia de linfonodos. Em alguns casos são solicitados exames de líquor (líquido da medula espinal) para detectar a presença de linfomas no sistema nervoso central.
O tratamento de linfomas é específico para cada uma das formas da doença. Em geral os pacientes são submetidos à quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia. Em alguns casos mais de uma técnica é utilizada ao mesmo tempo. Para que a melhor forma de tratamento seja definida é necessário que o paciente seja acompanhado por hematologistas.
Vale lembrar que acompanhamento, diagnóstico e tratamento podem ser realizados se medidas como distanciamento social, uso correto de máscaras (de preferência PFF2), higiene de mãos e ambientes com substâncias corretas e a vacinação completa, forem realizadas.
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