É possível contrair o novo coronavírus e o H3N2 ao mesmo tempo?

O surto de gripe que se espalha Brasil afora desde o começo de dezembro leva uma preocupação a mais para os brasileiros em meio ao enfrentamento à pandemia de Covid-19. Nas últimas semanas, o País assiste a uma escalada de casos de síndromes gripais. Quem vai à rede de saúde também leva consigo uma dúvida cada vez mais recorrente: é possível contrair o novo coronavírus é o H3N2 ao mesmo tempo?

O primeiro caso de contágio simultâneo pelo coronavírus SARS-CoV-2 e pelo vírus Influenza, conhecido como "flurona", em Israel foi detectado em uma mulher grávida não vacinada, confirmou o Ministério da Saúde israelense. Flurona é uma designação definida a partir dos termos "flu" (gripe, em inglês) e "rona" (de coronavírus).

Apesar de não ser muito divulgada, a coinfecção, pode ocorrer. Pacientes que estejam com COVID19 podem contrair o vírus da Influenza A ou B, assim como pacientes como Influenza A ou B também podem contrair COVID19. Vale lembrar também que essa coinfecção não é exclusividade dessas duas doenças, sendo que diversos tipos de doenças virais e bacterianas podem ser contraídas ao mesmo tempo.

Em caso de pacientes que contraiam Influenza, Covid19 ou ambas as doenças o tratamento deve ser direcionado aos sintomas e às causas da doença. No caso da coinfecção o tratamento deve ser feito com sintomáticos para casos leves de COVID19 e Antivirais como o Oseltamivir para a Influenza. Em casos onde passe a ocorrer falta de ar, queda do estado geral e até mesmo alterações da consciência o/a paciente deve seguir imediatamente a um serviço de Saúde.

A vacinação contra a COVID19 com as duas doses e a dose de reforço reduzem muito o risco de contrair a doença, mesmo com a variante Omicron e reduz mais ainda o risco de casos graves e/ou sintomáticos. Já no caso da vacina contra o Influenza A/B a proteção não é grande, porém gera certo grau de imunização e proteção uma vez que o/a paciente fora vacinado com a vacina contra H3N2 Austrália e não a variante Darwin que está em circulação no momento.

A melhor forma de evitarmos a infecção pela COVID19, Influenza ou por ambos os vírus é o uso de máscaras de forma correta (de preferência PFF2), higienização das mãos e superfícies de forma correta, distanciamento social, evitar aglomerações e a vacinação contra a COVID19 e Influenza. Em casos de pacientes contactantes de pessoas confirmadas com Influenza, até 48 horas após a exposição pode ser realizada a profilaxia com Oseltamivir para prevenir o desenvolvimento de H3N2 e a sua transmissão.