Essa doença é de tirar o sono!

A insônia é um dos distúrbios de sono mais frequentes ao lado da Apneia Obstrutiva do Sono, ocorrendo em 10% a 30% da população. A insônia se caracteriza pela incapacidade de iniciar o sono, manter o sono ou em despertar precocemente do sono. Podem ocorrer consequências na rotina do paciente como alterações de memória, perda de atenção, irritabilidade, sonolência ou até diminuição de produtividade e acidentes.

A insônia pode ser classificada como aguda ou crônica. A forma aguda apresenta duração de até 3 meses, enquanto que a forma crônica apresenta duração acima de 3 meses.
O diagnóstico da insônia é realizado exclusivamente de forma clínica, sem a necessidade de polissonografia. A polissonografia por sua vez é útil para determinar a causa da insônia e avaliar a melhor forma de tratamento.

O tratamento da insônia sempre se inicia com medidas comportamentais, como por exemplo a implementação de práticas saudáveis do sono (chamada de higiene do sono), técnicas comportamentais cognitivas (aplicadas por profissionais da área de psicologia). O tratamento medicamentoso pode ser desenvolvido por diversas classes de fármacos.
A insônia pode gerar complicações (além do sono e alterações de memória e atenção) como obesidade, hipertensão arterial sistêmica, alterações cardíacas, ansiedade, depressão, problemas de imunidade. Ela costuma ocorrer três vezes mais em mulheres do que em homens, sendo mais comum em pessoas idosas do que jovens.
Assim como a insônia pode ocasionar problemas de saúde tanto físicos quanto psicológicos, pessoas que já possuam doenças crônicas também possuem mais chances de desenvolver insônia. Quanto mais patologias crônicas os pacientes possuem, maiores são as chances de desenvolverem insônia.

A COVID19 alterou hábitos, rotinas e as vidas de todas as pessoas do mundo. A falta e rotinas, encontros sociais, diversão e até mesmo de problemas do dia a dia podem ocasionar a insônia em pessoas previamente saudáveis. A ansiedade gerada pela pandemia e até mesmo a depressão pela falta de interação social também podem ser consideradas como causadoras de insônia.

O acompanhamento com especialistas (psicólogos, psiquiatras e especialistas em sono) deve ser estimulado. Ele é essencial para o tratamento precoce da insônia e para a reversão ou diminuição das consequências causadas por ela.

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