Segundo dados publicados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) em 2020 o Brasil ultrapassa 10 mil novos casos de leucemia anuais. Para alertar a população sobre os perigos da leucemia e sobre sua identificação precoce, foi criado o Fevereiro Laranja.
Atualmente a leucemia é o 5º câncer mais comum no Brasil entre os homens e o 6º entre as mulheres. A leucemia é um tipo de câncer hematológico caracterizado, em sua maioria, pelo acúmulo de células brancas doentes na medula óssea. A célula branca sofre uma mutação genética e passa a ser uma célula cancerígena, perdendo suas funções essenciais e multiplicando-se com velocidade superior à de células saudáveis, dessa forma, substituindo células saudáveis na medula óssea e comprometendo a produção de células vermelhas (hemáceas) e plaquetas. As células doentes na medula óssea podem ser classificada com “mielóides” e “linfóides” a depender da categoria de célula que sofrer mutação.
Existem mais de 12 tipos de leucemia que podem ser diferenciadas em “agudas” e “crônicas”. Normalmente são distribuídas (em sua maioria) em quatro grupos:
As leucemias crônicas possuem evolução mais lenta e acometem, em sua maioria, pacientes idosos. Normalmente o diagnóstico é realizado através de exames de rotina onde observa-se a elevação das células brancas, presença de linfonodos pelo corpo ou pelo aumento do baço.
A Leucemia mieloide crônica afeta normalmente pessoas entre 50 e 60 anos de idade e faz com que a medula óssea produza células da categoria mielóide em excesso.
A Leucemia linficótica crônica afeta principalmente adultos por volta dos 55 anos e raramente afeta crianças. Pacientes com esse tipo de leucemia possuem maiores chances de desenvolverem infecções uma vez que a mutação ocorre em células da categoria linfóide e afeta linfócitos tipo B que normalmente são os encarregados pela produção de anticorpos.
A Leucemia Mielóide Aguda pode afetar pessoas em diversas idades e é caracterizada pela multiplicação rápida de células imaturas na medula óssea atrapalhando o desenvolvimento de hemáceas e plaquetas. Pacientes costumam apresentar anemias e problemas de coagulação devido à baixa produção de hemáceas e plaquetas e podem aparecer manchas roxas pelo corpo e ocorrerem infecções com maior frequência.
A Leucemia linfocítia aguda é responsável por aproximadamente 75% dos casos de leucemia em crianças e adolescentes. A multiplicação dessas células doentes podem gerar anemia, aumento de infecções e até mesmo sangramentos.
Os sintomas mais comuns em adulto e crianças com leucemia são:
Para pacientes com leucemia mielóide crônica existem quimioterapias via oral e intra venosas. Em casos de pacientes abaixo de 55 anos o transplante de medula óssea é indicado. Em casos de Leucemia Linfóide Crônica ciclos de quimioterapia são indicados, sendo estes intercalados com períodos de descanso. Os medicamentos da quimioterapia atacam as células doentes. Há também o uso de imunoterapia que ajudam o próprio corpo a combater o câncer.
Em casos de leucemias agudas a quimioterapia é indicada em casos de urgência com o objetivo de destruir células cancerígenas. Ocorrem períodos de quimioterapia com períodos de descanso para permitir que o corpo se recupere.
O transplante de medula óssea é indicado quando não há boa resposta aos tratamentos medicamentosos. A radioterapia é indicada, usualmente, em casos onde há invasão de células cancerígenas no sistema nervoso central e também antes da realização de transplante de medula óssea.
Doenças como a Leucemia continuam a ocorrer. Pacientes não devem deixar de fazer acompanhamento com seu/sua Hematologista. Exames de rotina, tratamentos e sessões de quimioterapia e radioterapia devem ser mantidos.
Gostou da nossa matéria ? Ela te ajudou de alguma forma? Compartilhe em suas redes sociais clicando nos botões abaixo:
Fale Conosco
Precisando de consulta Odontológica, clínica de Infectologia? Preencha o formulário abaixo.