Filhos de mães vacinadas podem ter anticorpos contra Covid, diz estudo

Cientistas avaliaram gestantes em sua 20ª a 32ª semana de gestação, quando a transferência de anticorpos para o feto é mais alta. 57% dos nascidos de mães vacinadas apresentaram anticorpos enquanto a taxa foi de apenas 8% em filhos de mães não vacinadas.

Bebês de 6 meses nascidos de mães que foram vacinadas contra Covid-19 na gravidez são mais propensos a terem em seu sangue anticorpos contra o SARS-CoV-2 (vírus causador da enfermidade) do que bebês nascidos de mães não vacinadas e que foram infectadas enquanto grávidas, sugere um novo estudo publicado na revista científica americana JAMA.

Apenas 8% dos bebês de mães infectadas e não vacinadas apresentaram níveis detectáveis de imunoglobulina, o anticorpo predominante nos seres humanos. Em contraste, a taxa em bebês nascidos de mães vacinadas foi de 57%, relataram os pesquisadores.

Para conduzir o estudo, os cientistas avaliaram 28 bebês de seis meses nascidos de mulheres que foram vacinadas com duas doses de uma vacina de mRNA ao longo da 20ª a 32ª semana de gestação, quando a transferência de anticorpos maternos para o feto através da placenta é mais alta.

O mesmo método foi aplicado para 12 bebês dessa mesma idade cujas mães foram infectadas durante esse período.

Ainda não está claro quão altos os níveis de anticorpos precisam ser para proteger contra a infecção, e os anticorpos não são o único mecanismo de defesa do corpo.

Muitas pessoas interessadas, como pais a pediatras, querem saber por quanto tempo os anticorpos maternos persistem em bebês após a vacinação, e agora com os estudos, os cientistas podem fornecer algumas dessas respostas e esperam as descobertas forneçam mais incentivos para que as grávidas sejam vacinadas.