O Julho Amarelo é voltado para a conscientização das hepatites virais. Esse conjunto de doenças ataca principalmente o fígado e pode provocar consequências graves, como cirrose, câncer e morte.
Atualmente há diferentes tipos de vírus de Hepatite (A,B.C.D.E e outros). Cada um é provocado por um agente infeccioso diferente. Embora tenham particularidades, todas essas versões não tendem a apresentar sintomas claros no começo. Com o tempo, surge cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados (icterícia), urina escura e fezes claras. A doença ainda é associada a problemas cardiovasculares, dificuldades cognitivas e até depressão.
No brasil foram diagnosticadas entre 2000 e 2018, 74.864 mortes por hepatites virais. A Hepatite C concentra mais de 76% desses casos. Felizmente nos últimos anos, devido aos novos esquemas de tratamento, o número de óbitos por hepatites virais vem caindo. Vale lembrar que o tratamento da Hepatite C, quando seguido a risca, apresenta mais de 95% de chances de cura.
A prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites estão acessíveis a todos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e devem ser seguidos a risca para que possamos vencer essas doenças.
A transmissão viral ocorre de forma fecal oral, através de alimentos contaminados ou através de práticas sexuais. Sua melhor forma de prevenção é através da vacinação. Seus sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após o contato com o vírus e podem durar até 60 dias. Seu tratamento consiste apenas no controle de sintomas.
A transmissão pode ocorrer de mãe para filho (durante a gestação e/ou durante o parto), por relação sexual sem preservativo uso de seringas, materiais de manicure/cirurgias/tatuagens além de transfusões de sangue. A Hepatite B não tem cura, apesar de possuir tratamento e controle através de antivirais. Ela possui vacina, disponível no SUS. Vale lembrar que a Hepatite B é uma das principais causas de câncer de fígado.
A transmissão pode ocorrer das mesmas formas que a Hepatite B. No entanto a Hepatite C possui altas chances de evoluir para cirrose hepática e até mesmo transplante de fígado. Vale lembrar que ela não possui vacina para proteção, porém seu tratamento com antivirais (disponível no SUS) possui chances de cura acima de 95% se realizado o tratamento à risca.
É um vírus curioso pois só causa danos e doença em pessoas que já possuam Hepatite B. Ele acelera a progressão da doença e a evolução para câncer de fígado. Sua transmissão ocorre de formas similares à Hepatite B. Essa doença também não possui cura, no entanto seu controle pode ser realizado através de medicamentos.
É a menos comum das hepatites. Na maioria dos casos a manifestação se dá em adultos jovens. Costuma ser assintomática em crianças e gravíssima em gestantes, podendo levar a abortos e morte. A Hepatite E é transmitida de forma fecal oral, transfusão de derivados de sangue e da mãe pra o feto. Não há um tratamento específico e seu controle é feito através de sintomáticos.
A prevenção das hepatites, seu controle e o acompanhamento de pacientes infectados deve ser mantido independente da pandemia. Com a realização de medidas como o distanciamento social, higiene pessoal, das mãos e de ambientes, uso correto de máscaras (de preferência PFF2) e a vacinação contra a COVID19 o acompanhamento de pacientes com hepatites apresenta baixo risco de infecção pela COVID19 e pode ser mantido.
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