Quando as infecções pelo vírus HIV surgiram, na década de 80, receber um diagnóstico positivo era praticamente uma sentença de morte. No entanto, com o avanço da medicina e dos tratamentos disponíveis, hoje as pessoas vivendo com HIV (PVHIV) que seguem o tratamento corretamente conseguem alcançar o ponto de não transmitirem mais o vírus.
O conceito é conhecido como I=I (Indetectável = intransmissível). Tal conceito surgiu após diversos estudos com casais sorodircordantes (onde um membro do casal possui HIV e o outro ou a outra pessoa não possui). Esses estudos demonstraram que em casais onde o/a portador/portadora de HIV realizava adequadamente o tratamento medicamentoso, sem falhas e com acompanhamento rotineiro com especialista, houve a indetecção de carga viral do HIV em sua corrente sanguínea e consequentemente o outro membro do casal não apresentou risco de ser infectado.
É muito importante lembrar que para que a carga viral indetectável seja alcançada o/a paciente necessita de muita dedicação às suas rotinas de medicamentos, exames periódicos, acompanhamento com seu/sua especialista e acima de tudo um vida saudável. Medicamentos que combatem o HIV são muito mais seguros atualmente do que eram antigamente e apresentam menos efeitos colaterais, além de possuírem apresentações e dosagens mais confortáveis para pacientes.
O conhecimento de pacientes sobre a possibilidade de deixar de transmitir o HIV e poder levar suas vidas sem o medo de infectar outras pessoas faz com que haja um grande estímulo para que continuem seu tratamento e acompanhamento de forma regular e adequada.
Além do tratamento de pessoas com HIV de forma correta, há também a necessidade de realização de testagens rotineiras em populações sexualmente ativas e a necessidade de se estimular o uso de preservativos. A testagem auxilia na identificação de pacientes com HIV que ainda não possuam sintomas e que poderão iniciar precocemente seu tratamento. O uso do preservativo impedirá que novos casos ocorram, além de prevenir contra outras IST (infecções sexualmente transmissíveis). Vale lembrar também que no Brasil existe o uso da PREP no sistema único de saúde, para que seja tomada por casais sorodiscordantes ou pacientes sexualmente expostos ao HIV, a fim de gerar mais uma barreira para a infecção.
O acompanhamento para testagem, elucidação de dúvidas ou tratamento do HIV deve sempre ser estimulado, pois somente assim conseguiremos controlar essa que é a nossa mais longa pandemia. Com medidas básicas como o uso de máscaras de forma correta (de preferência PFF2), distanciamento social, higiene de mãos e ambientes e a vacinação completa contra a COVID19, tudo se torna seguro e fácil de realizar.
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