Mucormicose: Infecções fúngicas agressivas estão ocorrendo em pacientes com COVID19

A COVID19 já se provou, diariamente, como um desafio à medicina. Conforme os dias e meses passam, observamos cada vez mais complicações causadas pela doença. Muitas delas ocorrem no quesito neurológico, outras como queixas psicológicas dos pacientes e até mesmo casos de alterações na imunidade vem se apresentando durante ou depois de pacientes se curarem da COVID19.

As últimas notícias são de infecções fúngicas ocorrendo na Índia em pacientes com COVID19. A doença é chamada popularmente como “fungo negro” mas seu nome correto é Mucormicose. Trata-se de uma infecção fúngica rara em pacientes que não possuam problemas de imunidade. O fungo causador da infecção pode ser encontrado no ar, na terra e em plantas.

A doença usualmente afeta os seios da face, o cérebro e até mesmo os pulmões de pacientes que apresentem problemas de imunidade. Em sua maioria ocorrem em pacientes com HIV/AIDS, certos tipos de câncer ou em pacientes diabéticos que não façam o tratamento adequadamente.

Médicos indianos acreditam que as altas taxas de incidência de mucormicose em pacientes com COVID19 se deva ao uso de corticoides por longos períodos. Vale lembrar que os corticoides são a única família de medicamentos que efetivamente reduz a mortalidade de pacientes com COVID19 e vem sendo usadas por longos períodos para o tratamento principalmente de casos graves.

De acordo com os profissionais da saúde grande parte dos pacientes atendidos com mucormicose e COVID19 são diabéticos, acima de 50 anos de idade. Os médicos referem ainda estarem diagnosticando 2 a 3 casos por semana em um hospital em Mumbai.

Pacientes com quadros de mucormicose geralmente apresentam quadros de obstrução nasal, sangramento nasal, inchaço na região dos olhos, pálpebras caídas e alteração na visão. Em casos onde pacientes demoram a procurar atendimento médico há grandes riscos de perda do globo ocular.

O tratamento se faz com anti fúngicos e deve ser realizado por 8 semanas em média. A forma de prevenção da doença é se assegurar que pacientes em tratamento para COVID19 estejam em uso de doses corretas de corticoides, uma vez que, doses excessivas podem elevar a probabilidade de desenvolverem mucormicose.

Vale lembrar que independente de infecções fúngicas ou outras infecções secundárias o tratamento da COVID19 deve ser sempre realizado por profissionais capacitados. As medidas de prevenção como higiene das mãos e ambientes, uso correto de máscaras, máscaras corretas, distanciamento social e vacinação devem todas ser mantidas.

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