O medicamento Tofacitinibe (Xeljanz) pode reduzir em 37% o risco de morte ou de insuficiência respiratória em pacientes com pneumonia associada à Covid-19. É o que revela um estudo divulgado nesta quarta-feira (16), coordenado pela Academic Research Organization (ARO) do Albert Einstein em parceria com a Pfizer.
O ensaio clínico traz evidências de que o medicamento pode diminuir o risco de o paciente desenvolver a chamada tempestade inflamatória, uma grave complicação que pode ser causada pela Covid-19.
O medicamento Tofacitinibe faz parte da categoria dos inibidores das janus quinase (JAKs), proteínas envolvidas no desencadeamento de doenças inflamatórias. Os resultados do ensaio clínico foram positivos demonstrando que o medicamento pode atuar na tempestade inflamatória que acontece na Covid-19, reduzindo em 37% o risco de insuficiência respiratória ou morte. Vale lembrar que o medicamento ainda não fora aprovado por nenhuma instituição no mundo para tratamento da COVID19.
O trabalho contou com a participação de 289 pacientes adultos internados, há no máximo três dias, em 15 centros brasileiros de tratamento. Um grupo recebeu o tofacitinibe (10mg) duas vezes por dia mais tratamento padrão até a alta ou 14 dias de hospitalização.
Já outro grupo, recebeu o chamado placebo e tratamento padrão durante o mesmo período. Cerca de 90% dos participantes (89.3%) foram medicados com glucocorticóides durante a internação (dexametasona, em sua maioria). Ao final de 28 dias, em relação ao grupo placebo, o medicamento reduziu em 37% o risco de morte ou falência respiratória.
As respostas do estudo indicam que a utilização do medicamento, quando associado ao tratamento padrão, que inclui glicocorticóides, reduz o risco de morte ou de insuficiência respiratória em pacientes hospitalizados com pneumonia por Covid-19 que ainda não estão necessitando de ventilação mecânica ou de ventilação não invasiva.
Vale lembrar que independente da aprovação do medicamento para o tratamento da COVID19 as medidas de distanciamento social, higiene das mãos com álcool em gel ou água e sabão, uso de máscaras de forma correta (preferencialmente da categoria PFF2) e a vacinação ainda são as principais armas contra a COVID19.
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