O Dia Mundial da Higiene das Mãos é assinalado anualmente a 5 de Maio para promover e apoiar uma cultura de lavagem das mãos, ao mesmo tempo que se aumenta a consciência e a compreensão desta prática eficaz e económica de ajudar a prevenir a propagação de doenças.
O tema deste ano, “Unidos em prol da segurança: lave as suas mãos”, centra-se especificamente nas unidades de saúde, lançando um apelo a todos os profissionais de saúde, doentes e seus familiares para que se unam na higiene das mãos de modo a alcançar uma cultura de cuidados mais seguros e de melhor qualidade.
Sabe-se que a higiene das mãos é fundamental para a prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Esta prática, de alcance universal da saúde, é baseada nas melhores evidências e com impacto comprovado na qualidade do atendimento e segurança do paciente em todos os níveis do sistema de saúde.
A adequada higienização das mãos contribui para prevenir e controlar infecções relacionadas à assistência à saúde e deve ser realizada:
– antes de tocar o paciente;
– antes da realização de procedimento limpo/asséptico;
– após o risco de exposição a fluidos corporais ou excreções;
– após tocar o paciente; e
– após tocar superfícies próximas ao paciente.
As infecções relacionadas à assistência à saúde afetam centenas de milhões de pacientes em todo o mundo e impactam significativamente os pacientes e os sistemas de saúde. Em países desenvolvidos essas infecções representam cerca de 5% a 10% das internações hospitalares e em países em desenvolvimento pode acometer mais de 25% dos pacientes.
Os 8 passos mais importantes que devem ser respeitados para garantir que se lava as mãos corretamente incluem:
No total, o processo de lavagem das mãos deve durar por, pelo menos, 20 segundos, já que esse é o tempo necessário para garantir que se está lavando todos os espaços das mãos. Uma boa dica no final da lavagem é usar o papel toalha, que se usou para secar as mãos, para fechar a torneira e evitar entrar novamente em contato com bactérias e vírus
O acesso a água, saneamento e higiene, bem como a higienização das mãos, constituem uma parte fundamental dos requisitos mínimos da OMS em termos de prevenção e controlo de infecções. O plano estratégico regional para a prevenção e controlo de infecções prevê a implementação destes requisitos mínimos em todos os países da Região, com vista a reforçar a resiliência futura.
Uma abordagem holística que inclua uma melhor colaboração, bem como parcerias e investimento público-privados, continua a ser crucial para expandir e manter os serviços de abastecimento de água, saneamento e higiene seguros. São necessários mais recursos financeiros na maioria dos países mais pobres para se alcançar o acesso universal aos serviços de água, saneamento e higiene até 2030, e também é necessário realizar investigação sobre o fardo socioeconômico das infecções associadas aos cuidados de saúde.
Para que a lavagem das mãos se torne uma prioridade nas unidades de saúde, os profissionais de saúde a todos os níveis devem acreditar na importância da higiene das mãos e da prevenção e controlo de infecções para salvar vidas. São atores fundamentais na instauração dos comportamentos e atitudes adequados a esta intervenção crítica.
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