O que você precisa saber sobre as variantes do Corona Virus ?

Estamos convivendo com a pandemia de COVID19 há aproximadamente 1 ano no Brasil e um pouco mais de 1 ano no restante do mundo. Muito aprendemos sobre a doença, seus sintomas, formas de transmissão, ciclo de vida do vírus e agora estamos aprendendo sobre suas mutações e variantes.

No entanto quando pensamos em alterações virais precisamos entender um pouco melhor as definições de variantes e mutações.

Durante a replicação viral dentro das células humanas (multiplicação do chamado RNA) podem ocorrer erros no código genético viral, que são chamados de mutações. Toda vez que ocorre alguma alteração no código genético do vírus, podemos dizer que está ocorrendo uma mutação. Todos os vírus que carregam as mutações consigo são chamados de variantes. Entendendo que mutações geram variantes, podemos compreender que mutações diferentes podem gerar variantes diferentes do SARS-COV2 (vírus causador da COVID19).

Variantes podem possuir uma ou mais mutações e essas por sua vez podem alterar o comportamento viral. Algumas variantes podem ser mais infecciosas e menos letais, outras por sua vez podem ser mais letais e menos infecciosas. Podem ocorrer também variantes que possuam ambas as capacidades, ou seja, que infectam mais pessoas e com mais agressividade. A depender das mutações que ocorrerem no código genético do vírus, as mesmas podem até torná-lo resistente às vacinas até agora desenvolvidas.

As três variantes mais comuns até o momento são a do Reino Unido (B.1.1.7), a variante Sul Africana (B.1.351) e a variante Brasileira de Manaus (P.1). Cada uma delas possui alterações diferentes em seu código genético.

A variante Britânica, por exemplo, possui alterações genéticas que alteram a proteína SPIKE (responsável pela entrada do vírus na célula). No caso dessa mutação o vírus aumenta sua facilidade de entrar na célula humana e se multiplicar.

A grande pergunta do momento é relacionada com a efetividade das vacinas até agora autorizadas para uso contra as variantes da COVID19. Diariamente novas informações são descobertas sobre o código genético do SARS-COV2 e de suas variantes. Assim como, diariamente, vacinas são testadas contra todas as variantes da COVID19.

Algumas vacinas infelizmente demonstraram potencial reduzido contra a variante Sul Africana e contra a variante de Manaus. No entanto mais estudos são necessários para que possamos tirar conclusões.

O que se sabe até o momento é que em locais onde há descontrole no número de casos e de mortes, há maiores chances de ocorrerem variantes. Isso se dá pelo fato do SARS-COV2 estar agindo mais livremente e poder se modificar com maior frequência conforme infecta mais e mais pessoas.

No momento nossas maiores armas contra a formação de variantes da COVID19 são o distanciamento social. Uso de máscaras de forma correta e contínua e a higienização das mãos. Evitar aglomerações e saídas desnecessárias são vitais para combatermos a pandemia e a criação de novas variantes.

A vacinação em massa, mesmo que não combata algumas variantes, reduz a circulação de casos de COVID19 e desacelera tanto a pandemia quanto a formação de novas variantes virais.

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