A pandemia de COVID19 chegou e mudou a vida de milhões de brasileiros. Milhões perderam seus empregos, suas fontes de renda e sua qualidade de vida. Fora isso diversas crianças tiveram uma redução abrupta em sua oferta de alimento.
Os longos períodos de subnutrição, ou seja, ingestão nutricional abaixo do recomendado para o desenvolvimento do organismo, representam consequências irreversíveis, com comprometimento da saúde física e mental. Somado a privações alimentares da mãe na gestação e que impactam o desenvolvimento infantil em fases posteriores, corre-se o risco de haver adultos com distúrbios físicos e mentais, nas próximas décadas.
A baixa ingestão de macronutrientes, representados por proteínas, carboidratos e gorduras, e os micronutrientes —vitaminas e minerais—, por longos intervalos de tempo, caracteriza a subnutrição, que favorece o estabelecimento de enfermidades crônicas como diabetes mellitus, além de aumentar o risco de disfunções cardiovasculares, infecções intestinais, osteoporose, hipotireoidismo, obesidade e comprometimento imunológico.
Para os médicos e especialistas, a fase mais crítica é quando a oferta reduzida de nutrientes ocorre nos dois primeiros anos, período no qual se dá o mais rápido aumento do cérebro. A falta de nutrientes impacta no seu desenvolvimento e, consequentemente, na capacidade cognitiva e funcional, inclusive a longo prazo.
A desnutrição compromete o funcionamento praticamente todos os órgãos do corpo, incluindo intestino, coração e rim e a deficiência de micronutrientes acarreta em diversas doenças. A anemia ferropriva (por deficiência de ferro) é a carência nutricional mais comum. As deficiências de vitamina são responsáveis por diversas doenças. A deficiência de vitamina A pode provocar pele seca, ulceras de córnea, alterações no crescimento. As deficiências de complexo B podem gerar problemas neurológicos, anemias e até mesmo alterações da cognição. a baixa ingestão de vitamina C traz consequências como hematomas na superfície dos ossos, fraturas, sangramentos de mucosas e a de vitamina D, raquitismo carencial, fraturas patológicas, atraso da erupção e alteração do esmalte dentário, baixa estatura, fraqueza muscular e hipotonia generalizada. A deficiência de zinco leva às seguintes disfunções: dermatites, entre elas a bolhosa pustular, a acro-orificial e a acrodermatite enteropática, cujos sintomas além da inflamação da pele são diarreia e alopecia (queda de cabelo); anorexia, distúrbios emocionais, infecções recorrentes e intestinais.
O diagnóstico precoce da desnutrição é a melhor arma uma vez que pode ser combatida e grande parte dos problemas revertidos com alimentação adequada e suplementação de vitaminas e nutrientes. Sinais mais comuns são alterações no cabelo como sua queda, emagrecimento, problemas de pele ou até mesmo diarreias. Em caso de suspeita de desnutrição ou subnutrição a criança deve ser imediatamente levada para atendimento médico. O atendimento de rotina também é responsável por identificar precocemente sinais que possam indicar desnutrição ou subnutrição.
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