A Tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma microbactéria que pode atingir diferentes órgãos, como pulmão, pleura, ossos, sistema nervoso, linfonodos, intestinos e o sistema genitourinário. A tuberculose acompanha o ser humano desde a pré-história e é muito presente no Brasil, se dividindo em diferentes tipos.
Embora o único meio de transmissão da doença seja por vias aéreas, a bactéria pode entrar na corrente sanguínea e infectar outros órgãos, mesmo sem se manifestar. O sistema imunológico de cada paciente pode responder de forma diferente à contaminação.
A tuberculose extrapulmonar, por exemplo, atinge com mais frequência pessoas com imunidade baixa, como recém-nascidos, pacientes com IST e pessoas com imunodeficiência.
Confira os tipos de tuberculose mais comuns:
Tuberculose pulmonar: a tuberculose pulmonar afeta os pulmões e é sua forma mais comum. O bacilo se instala no pulmão e causa sintomas como tosse seca, com sangue ou sem, dor e dificuldade de respirar
Tuberculose ganglionar: a tuberculose ganglionar acontece quando a bactéria se instala nos gânglios, área que concentra células de defesa. Os sintomas se diferenciam da tuberculose pulmonar com inchaço dos gânglios, inflamação, vermelhidão e dor no local afetado.
Tuberculose pleural: neste caso, o bacilo afeta a pleura, membrana que reveste os pulmões. Entre os sintomas mais comuns estão febre, astenia (perda ou diminuição da força física), emagrecimento, tosse e dor torácica. A tuberculose pleural é uma das principais causas do derrame pleural.
Tuberculose óssea: o bacilo da tuberculose também pode afetar ossos, sendo os mais frequentes vértebras, metáfises dos ossos longos e grandes articulações (como quadril, joelho e tornozelo). Febre, emagrecimento, fraqueza muscular, dor óssea, limitação dos movimentos e atrofia estão entre os sintomas.
Tuberculose miliar: também conhecida como tuberculose cutânea, esta doença se manifesta na pele de diversas formas: úlceras, abcessos, nódulos e hiperqueratose (engrossamento da camada externa da pele).
A tuberculose sempre é causada pela infecção da microbactéria chamada Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). A tuberculose é contagiosa e a transmissão é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. A pessoa com tuberculose expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso, que é aspirado por outra pessoa.
A presença de desnutrição, diabetes, tabagismo, uso de drogas e queda da imunidade são fatores de risco para que a microbactéria se multiplique e desenvolva a infecção.
Os sintomas são variáveis, dependendo da imunidade de cada pessoa. Alguns pacientes não exibem nenhum indício da tuberculose enquanto outros apresentam sintomas exuberantes. Os sinais e sintomas mais frequentes são:
Os casos graves de tuberculose apresentam:
O tratamento da tuberculose é baseado no uso de antibióticos. O tempo é variável, durando no mínimo seis meses, com a ingestão de comprimidos diariamente. Não pode haver abandono nem desistência do tratamento antes do término, devido ao alto risco de resistência bacteriana.
Além disso, deve haver pesquisa da infecção nos familiares e pessoas que convivem com quem desenvolveu a doença. Pode ser necessário, também, um tratamento específico para se evitar o desenvolvimento e propagação da doença.
O diagnóstico da tuberculose pode ser feito através do exame clínico do paciente pelo profissional de saúde ou através de exames laboratoriais. Um dos exames é o PPD (teste de tuberulina) onde há uma picada na pele do paciente que após 3 dias mostrará através de uma vermelhidão se o paciente possui ou não a bactéria da tuberculose dentro dele. Outros exames realizados são a tomografia de tórax ou a radiografia de tórax que afastam ou confirmam lesões pulmonares pela tuberculose. E por fim temos o exame de pesquisa da bactéria causadora da tuberculose no escarro do paciente. Esse exame é chamado pesquisa de bacilo ácido álcool resistente e identifica a bactéria em casos de tuberculose pulmonar.
A prevenção da tuberculose pode ser feita através de estilos devida saudáveis, boa alimentação e evitar o consumo de bebidas alcoolicas e o tabagismo. Crianças recebem a vacina BCG que previne o aparecimento de formas graves da doença nessa faixa etária.
Durante a pandemia de COVID19 diversos casos de tuberculose deixaram de ser diagnosticados. Ela também pode causar lesões pulmonares e problemas respiratórios, além de febre e queda do estado geral. São sintomas muito parecidos com a COVID19. Apesar da pandemia os exames devem ser realizados em casos suspeitos e o tratamento não deve ser descontinuado.
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