Quando falamos em pandemia pensamos logo em COVID19. Mas poucos lembram que vivemos a pandemia da AIDS há 40 anos. Segundo infectologistas do estudo Mosaico realizado no Hospital Emilio Ribas, nunca estivemos tão próximos de desenvolver uma vacina para a prevenção do HIV. De acordo com os pesquisadores caso a eficácia seja comprovada em no máximo 5 anos teremos a vacina ao alcance da população.
O estudo se encontra em fase 3. Nessa fase o imunizante será testado em humanos para descobrir a real eficácia da fórmula na produção de anticorpos e prevenção da doença. Até o momento 8 países participam do estudo. Na fase 2, segundo pesquisadores, a eficácia foi de aproximadamente 67% na prevenção de infecção pelo HIV. Agora na fase 3 o número de participantes será de 3.800 pessoas.
O tratamento contra HIV mudou muito nos últimos anos. Pacientes que outrora apresentavam comorbidades geradas pelos medicamentos e apresentavam uma degradação do quadro clínico com o passar dos anos mesmo recebendo antirretrovirais, hoje apresentam vidas saudáveis, com pouca ou nenhuma complicação gerada pelo vírus ou pelo medicamento.
O tratamento contra o HIV é fornecido pelo Sistema Único de Saúde e requer o acompanhamento com médicos e médicas especializados e de preferência infectologistas. Pacientes necessitam de acompanhamento contínuo e exames que avaliem sua imunidade e a queda na carga viral do HIV. Exames como a contagem de linfócitos T CD4 e T CD8 servem para avaliar a imunidade do paciente e a contagem de carga viral do HIV servem para avaliar se o paciente se encontra com a contagem de vírus indetectável, quando a contagem fica abaixo dos níveis de detecção através de instrumentos laboratoriais.
Pacientes considerados indetectáveis não apresentam mais risco de transmissão e por sua vez também apresentam quadro estável e com baixas chances de complicações. O uso regular de medicamentos e sem falhas é o grande responsável da indetectabilidade do virus HIV.
A pandemia da COVID19 gerou alterações no acompanhamento de pacientes portadores de HIV. No entanto com medidas de prevenção contra a COVID19 como o uso adequado de máscaras (de preferência PFF2), higienização de mãos com álcool 70 ou água e sabão, distanciamento social e vacinação, pacientes podem manter seu acompanhamento e sua evolução favorável em uso de terapia antirretroviral.
A vacina do HIV possivelmente chegará em breve, porém medidas de prevenção não devem ser deixadas de lado. A utilização de preservativos durante o ato sexual deve ser estimulada, assim como a testagem rotineira contra o HIV e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis). Vale lembrar que há também a profilaxia pré exposição chamada PREP para a prevenção do HIV que também deve ser estimulada.
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