Após uma das ondas mais avassaladoras da COVID19 em Manaus, em 2020, os estudos indicavam que mais de 75% da população da cidade já apresentava imunidade para a doença. Para os estudiosos a presença de 75% de contato com a doença entre a população, o vírus deveria perder sua força e não gerar novas ondas de infecções.
No entanto no início de 2021 todos fomos surpreendidos com uma nova onda de COVID19 em Manaus, ainda pior que as anteriores. O número de pacientes infectados explodiu de forma dramática, o sistema de saúde entrou em colapso e até mesmo houve falta de oxigênio na rede de saúde para atender os pacientes infectados.
Enquanto o drama se desenrolava na capital Amazonense, pesquisadores identificaram que a COVID19 apresentou uma alteração genética e criou uma variante que foi chamada de P1. Tudo levava a crer que essa nova variante era mais letal e mais transmissível. No entanto também ficou comprovado que devido às más medidas de distanciamento social, o uso inadequado de máscaras e aglomerações, geraram maior exposição de pessoas ao vírus e com isso o mesmo sofrera uma adaptação para se tornar mais eficiente em infectar e matar seres humanos.
Estudos demonstraram que a variante P1 se tornou mais eficiente. Ela necessita de uma carga viral mais baixa para infectar pacientes, necessita de uma carga viral mais baixa para gerar quadros graves e possui maior potencial para infectar pacientes jovens e sem comorbidades. Ou seja, se pacientes necessitavam de uma grande quantidade de virus para se infectarem com a variante antiga, agora com menos vírus o quadro é mais fácil de transmitir, de se agravar e afeta pacientes jovens e sem comorbidades.
Após uma vasta análise de dados observou-se que a variante P1 é de 1,7 a 2,4 vezes mais transmissível que a variante original de COVID19. Pacientes que tiveram contato com a variante original e desenvolveram a doença possuem proteção contra a variante P1 de no máximo 79%. Ou seja, pessoas que se infectaram com COVID19, possuem 21% de chances de se infectarem com a variante P1.
Vale ressaltar também que após o aparecimento da variante P1 as taxas de óbitos em pacientes abaixo de 60 anos subiram de 18% para 28%. Essa elevação também ocorreu em pacientes sem comorbidades que faleceram de COVID19. A taxa era de 13% e subiu para 22%.
No momento que vivemos vale ressaltar que independente da variante da COVID19 que está em circulação as medidas de proteção devem ser mantidas. Devemos manter o distanciamento social, uso de máscaras corretas e de forma correta, higiene das mãos e de ambientes, além da vacinação. Apenas com a ajuda de todos conseguiremos vencer a pandemia.
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